Brasil
Comunicado à imprensa

Março 6, 2024

Inovação tecnológica ajuda a combater cânceres de mama e do colo do útero

São Paulo, março de 2024 - Os cânceres de mama e do colo do útero são duas das doenças que mais acometem as mulheres. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados, para o triêncio 2023-2025, 704 mil novos casos de câncer de mama e 17 mil de câncer do colo do útero. A evolução no diagnóstico e no tratamento dessas neoplasias têm garantido mais qualidade de vida, aumentado a taxa de sobrevida e ampliado as chances de cura.

O desenvolvimento de medicamentos biossimilares tem sido uma solução inovadora na área da saúde, uma vez que vêm oferecendo novas opções de tratamento para as pacientes. Os produtos biológicos, com custo menor do que os fármacos de referência e com segurança e eficácia cientificamente comprovadas, podem ser utilizados o tratamento de diferentes tipos de neoplasias, inlcuindo o de mama.

“Os biomedicamentos, como o bevacizumabe, contribuem para ampliar acesso a tratamentos oncológicos avançados e trazem perspectivas bastante positivas. Utilizado em terapias conjugadas, este anticorpo monoclonal ajuda a inibir a multiplicação das células tumorais e preserva os tecidos saudáveis, fatores essenciais para o sucesso do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes”, explica Carolina Martins Vieira, oncologista clínica e pesquisadora do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para reduzir o avanço da doença. A tomossíntese, conhecida como mamografia 3D, é um dos exames mais eficazes de rastreamento por proporcionar uma visão tridimensional detalhada da mama. “Esta abordagem tridimensional reduz a sobreposição de tecido mamário, tornando mais fácil a detecção de pequenos tumores e lesões suspeitas, muitas vezes imperceptíveis em mamografias tradicionais”, afirma Josemaria Pereira de Francesco, especialista de produtos Raio-X da Fujifilm.

“A biópsia complementa os exames de imagem e é essencial para confirmar se há presença de células cancerígenas no tecido mamário, determinar o tipo específico do câncer de mama, o estágio da doença e definir estratégias mais adequadas para o tratamento”, acrescenta André Mattar, diretor da mastologia do Hospital da Mulher, centro referência na saúde da mulher em de São Paulo. A biópsia a vácuo, por exemplo, é bastante eficiente para extrair uma pequena parte do tecido de forma menos invasiva, além de reduzir o tempo do procedimento.


Diagnóstico do HPV reduz chances de câncer de colo do útero

Outra neoplasia que costuma acometer as mulheres é o câncer do colo do útero e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desta doença é o HPV (Papilomavírus Humano).

Ampliar o rastreio por meio da solução inovadora de autocoleta vaginal ajuda a facilitar o dignóstico de infecção por HPV. O procedimento é menos invasivo e tão preciso quanto o realizado no consultório médico. “Indicado para mulheres e homens transgêneros, essa tecnologia ajuda a ampliar o acesso à saúde, principalmente em regiões remotas ou com acesso limitado aos cuidados de saúde”, comenta a ginecologista Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O dispositivo permite que a autocoleta seja mais prática e privativa, já que pode ser feita em casa e independe de profissionais para realizá-la. Após a coleta, a amostra é enviada para uma rede de laboratórios credenciados para ser processada.

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